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Ao sul mais ao Sul de todas as histórias já contadas

Os Sóis da América é uma saga em quatro livros que conta a história de Pelume, um menino que vive ao sul de todos os povos. Buscando uma história mítica de grande importância para a sua gente, Pelume embarca em uma jornada do extremo Sul ao extremo Norte do continente, numa aventura cheia de emoção e magia que vai mexer com a sua maneira de ver o continente americano.

domingo, 27 de abril de 2014

O Sete Estrelo na aba Seres de Sonho e Pesadelo

É, dessa vez são mesmo: sonho e pesadelo, tudo nas mesmas criaturas. Saiba mais sobre os irmãos de Ahó-ahó, visitando o verbete Sete Estrelo, em "Seres de Sonho e Pesadelo". Venha descobrir que nos céus brasileiros, e da América do Sul, brilham mais coisas do que estrelas: brilham lendas.


segunda-feira, 21 de abril de 2014

Temporada de verbetes de "O Coração de Jade"

Está aberta a temporada de novos verbetes, aqui no blog. E começamos com um sujeitinho de quem gosto muito, porque ele se mete muito com Pelume - mas no fundo os dois se entendem muito bem. É Aca, o xocoyole que serve de guia para a aventura. Ele está na aba Seres de Sonho e Pesadelo. Espero que gostem!


terça-feira, 15 de abril de 2014

Todos os clãs

Rolou de tudo na IIIª Odisseia de Literatura Fantástica: palestra, bate papo, tititi, fofoca, amizade, muita festa. Até livro teve, conversa sobre cinema, discussão séria em torno da Literatura de todas as idades. Aliás, eu achei que essa foi uma tônica do encontro: não ouvi o chororó costumeiro "ninguém gosta da gente". Ouvi gente discutindo Literatura. Programas de leitura. Qualidade gráfica. Papo de quem cresceu muito de 2012 para cá.
O evento, que começou na sexta-feira dia 11 com o dia das escolas, do qual participei ao lado de Felipe Castilho, autor de "Ouro, Fogo e Megabytes". O encontro reuniu, ao longo de três dias, centenas (milhares? Não sei, ainda não temos uma estimativa oficial) de pessoas que gostam de ler, escrever, ver e ouvir sobre livros e filmes de cunho Fantástico. A feira de livros do evento cresceu de maneira expressiva desde a primeira edição. E se na primeira Odisseia (em 2012) acontecia uma palestra de cada vez, este ano havia duas rolando ao mesmo tempo: pura contraprogramação. A gente não sabia para onde ir. Até eu fiz parte da contraprogramação no sábado, numa mesa redonda com Nikelen Witter e Ana Lúcia Merege, sobre Literatura Infanto-Juvenil. Ao mesmo tempo, logo ao lado e embaixo, acontecia uma conversa sobre o programa Mochila Literária
Houve um excelente palestra com o Tabajara Ruas, na noite de sexta-feira. O Tabajara é mais conhecido por suas histórias sobre a revolução farroupilha e seu trabalho no cinema, mas depois de falar de maneira apaixonada sobre a vida de H.P.Lovecraft, ele comentou que tem alguns livros no gênero Fantástico. Para garantir a leitura, é claro, na manhã seguinte fui procurar "Fascínio" e "A região submersa", que encontrei. Amo Porto Alegre por essas coisas. A Porto Alegre dos livros, do primeiro amor da minha vida, das coisas acontecendo ao mesmo tempo. Das segundas chances. Dos sebos. Da vida.
O lançamento de "O Coração de Jade" foi meio às escuras, reconheço, mas o livro ficou por lá o tempo todo. É sério, o "às escuras"! O Memorial do Rio Grande do Sul, este ano, reservou o térreo para a Odisseia. O térreo do antigo Correios da Praça da Alfândega é um labirinto fácil de corredores largos e baixos, e dois salões de pé direito muito alto, iluminado por amplas clarabóias que os fecham à altura do segundo andar. Gosto muito do térreo com suas obras de arte nas paredes. Só que... por razões que a minha razão desconhece oficialmente, não havia ar condicionado, e no recanto onde estava a mesa dos independentes não havia luz elétrica, a não ser a da clarabóia lá no alto. Quando o sol desaparecia por trás do Guaíba e o crepúsculo tomava conta... as sombras esgueiravam-se de seus redutos embaixo das velhas escadas de ferro, do poço do elevador, e se acolheravam no saguão onde os livreiros se entreolhavam meio ressabiados. Em evento de Literatura Fantástica, nunca se sabe se o colega de em frente não vai saltar subitamente sobre a mesa e uivar, ou se o visitante não vai exibir, inesperadamente, um par de caninos afiados e brancos em um sorriso muito vermelho em um rosto excessivamente pálido.
Assim que, lá pelas seis horas, o saguão onde estávamos ficava sombrio. Escuro. Quente e abafado. A gente olhava para o corredor ao lado, iluminado com as luzes indiretas, com uma certa inveja. E daí que no segundo dia, quando o Bando Celta começou a tocar e as meninas organizaram uma roda para dançar, eu pensei... é como se estivessemos em uma das antigas cavernas cheia de desenhos nas paredes. E lembrei imediatamente dos bisontes da Cueva de Altamira, das Vênus Paleolíticas, do Xamã de Les Trois Frères, das danças de roda sagradas: ali estavam todos clãs da tribo do Fantástico, dos feiticeiros aos cientistas, todos os contadores de histórias dançando, cantando, batendo palmas. Fomos e viemos e como numa dança circular, passamos pelo mesmo ponto, mas mais adiante no Tempo, como numa espiral.  Na última tarde, também fui para a roda. A pele dos braços arrepiava cada vez que a gente abria e fechava o círculo para deixar alguém entrar. Pelume sentiu-se em casa. E eu também.
Será, César, Duda, Christopher, Nikelen e Cristian, será que vocês têm noção real do que foi? Noção que não se tira dos números (estes são para quem não estava lá, para quem não foi e que vai se contentar com o algarismo, essa invenção da modernidade para dimensionar o palpável), mas das sensações, das lembranças e da alegria? Não sei. Mas sei que fomos, por um momento, tão velhos quanto os contadores de histórias das tribos paleolíticas e tão jovens quanto as crianças do futuro, que ainda irão ouvir falar dessas tardes especiais, onde histórias foram imaginadas, contadas, trocadas e transformadas.
Quando os clãs se reúnem, sempre fica um sabor de comunhão.

Com André Cordenonsi, de Santa Maria

Show do Bando Celta

Mesa redonda com Nikelen Witter,
de Santa Maria, e Ana Lúcia Merege,
do Rio de Janeiro

Com Flávia Cortez e Eliandro Souza, da AMA Livros

No bate papo com Felipe Castilho

Com o pessoal que assistiu ao bate papo

À esquerda, "O Coração de Jade", o lançamento
oficial. À direita, "Padrão 20", em pré-lançamento
pela Besouro Box

A queridíssima Nikelen Witter na banca
dos independentes

sábado, 5 de abril de 2014

Convite para o Lançamento

Oi, gente, tudo bem? Aqui está o convite oficial do lançamento de "O Coração de Jade", dia 11 de abril. O livro está quase na mão e eu estou louca para poder dividí-lo com vocês, mas até lá, fica a chamada (tenebrosa, de acordo com uma amiga que acrescentou "eu gosto mais").
"O Coração de Jade" é o terceiro volume da saga, que deve terminar no segundo semestre. Se você acompanhou as aventuras dos Três do Sul até agora, não perca a continuação. Coisas incríveis irão acontecer em suas páginas! Pode ser que você nunca mais veja o nosso continente da mesma maneira...